Capoeira mulher e passado

Música de capoeira.

Autora “Leti Rodricha” apelido de Dandara.

Dandara de Palmares!

Lá na Serra da Barriga, em Quilombo dos Palmares

Que vivia uma moça, capoeira e guerreira

Lutou com todas as forças, não deixou seus ideais

Preferiu render-se a morte, mas a escravidão jamais

Ê Danrada, matriarca de Palmares

Que lutou junto à Zumbi

Precurssor da liberdade

Diz que atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher

Não se engane meu amigo, a seu lado ela está

Dandara é exemplo, ela não esteve atrás não

Ela foi negra guerreira, não se rendeu a servidão

Coro

Respeite no universo

Essa força feminina

Todo capoeira tem sua Rainha

A mulher que lhe deu a vida

A mulher capoeira no passado

Começo essa série de artigos sobre a mulher na capoeira primeiramente agradecendo a oportunidade de expor aqui meus pensamentos a respeito de nossa posição e importância nessa que é para mim uma filosofia de vida.

Primeiramente um resumo de quem sou para falar a respeito: Sou Leti Rodricha, conhecida orgulhosamente como Dandara no mundo da capoeira. Ganhei esse apelido ao compor uma música em homenagem a Dandara de Palmares, esposa de Zumbi dos Palmares. E é através dessa personagem de nossa história que começo falando de nossa presença feminina na capoeira.

Dandara

Dandara nasceu, cresceu e suicidou-se no Quilombo de Palmares, preferiu (como assim diz na música) tirar a própria vida do que entregar-se às tropas portuguesas que atacavam incansavelmente Palmares.

Mulher de fibra, participava das lutas em buscas dos irmãos de cor ainda escravizados, acolhia quem chegava ferido, sendo assim uma enfermeira no quilombo, após casar-se com Zumbi foi também mãe de dois filhos.

Esses guerreiros lutavam pela liberdade, a liberdade física, pois ainda as correntes prendiam parte do povo negro. E talvez nunca venham a ser chamados capoeiristas, porque na época era luta mesmo, luta de verdade, a capoeira nascia da precisão de guerra, onde a principal arma era o próprio corpo. Dandara de Palmares foi então, em minhas pesquisas, a primeira capoeirista encontrada em livros e artigos.

Em sequência, pós época da escravatura, a capoeira passou por um tempo sendo prática proibida por lei até que o presidente Getúlio Vargas depois de conhecer a academia de Mestre Bimba e reconhecer a importância de seu trabalho em meio a sociedade retira do código penal a prática que pôs livre o povo sofrido que continuava lutando, mas agora para obter cada vez mais respeito e não se deixar intimidar.

Nesta época algumas poucas mulheres tiverem presença na luta que estava se transformando em arte, podemos citar algumas como Maria Doze Homem, Calça Rala… Pelos apelidos observamos que de alguma maneira elas se travestiam seja em roupas ou em atitudes, talvez para impor respeito junto aos colegas, talvez porque algumas poderiam mesmo ter alguma opção afetiva diferente a regra.

Enfim, o que desejo expressar aqui é que por algum motivo muito forte elas estiveram ali, elas fizeram parte também dessa etapa na história de luta pela libertação. Hoje a mulher está com direitos iguais, ela toca, canta e é Mestre de capoeira também. E tudo isso foi conquistando seu espaço, como o espaço que a mulher conquistou na sociedade hoje.

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