Ben Askren continua seu processo de recuperação com a esperança de ter alta hospitalar em breve. No entanto, o ex-lutador não está se permitindo afogar-se em autopiedade, mesmo após precisar de um transplante duplo de pulmão para sobreviver.
O veterano aposentado do UFC foi internado há várias semanas depois que um caso grave de pneumonia o deixou em estado crítico. Askren foi sedado, com os médicos monitorando constantemente sua condição antes de, eventualmente, decidir que ele precisaria de dois novos pulmões para respirar por conta própria dali em diante.
Askren passou pela cirurgia e agora está se recuperando, ao mesmo tempo em que reflete sobre a difícil jornada que enfrentou.
“Tudo está indo muito bem”, disse Askren em um vídeo postado no Instagram. “Tirei mais um tubo. Só tenho um tubo restando. Queria fazer uma reflexão com onde eu estava há menos de um mês, que foi o Dia dos Pais.”
Ele leu uma atualização que um amigo escreveu sobre sua saúde, mencionando que os médicos estavam “ajustando” sua sedação durante a hospitalização, onde ele mostrou melhora em alguns momentos, e então a situação parecia piorar. Sempre que Askren acordava, seus níveis de oxigênio caíam e seu sangue não estava sendo oxigenado corretamente.
Foi por volta dessa época que os médicos começaram a avaliá-lo para o transplante duplo de pulmão.
“Isso foi há mais ou menos um mês, que eles queriam iniciar a avaliação para transplante”, disse Askren. “Eu penso, caramba, percorri um longo caminho desde então.”
Apesar de sua nova situação, na qual a vida de Askren mudou para sempre devido ao transplante duplo de pulmão, ele afirma que se recusa a sentir pena de si mesmo apenas por ter ficado tão doente.
Esses pensamentos lhe vieram à mente em certo momento, mas o lutador olímpico de 40 anos nunca permitiu que isso o abatesse.
“Vou confessar — senti pena de mim mesmo uma vez”, explicou Askren. “Isso não ajuda ninguém. Pensei, cara, nunca fumei um cigarro, nunca fumei maconha, nunca usei nada disso. Por que meus pulmões foram afetados dessa forma? Por que isso não está acontecendo com alguém que fuma habitualmente?”
“Então percebi, aconteceu. Acabou. Já foi. Posso ficar amargurado e bravo. Poderia reclamar, chorar. Isso não vai ajudar ninguém. Estou onde estou agora e vou seguir em frente da melhor forma que puder. Então, espero que vocês estejam gostando das atualizações. Não vou sentir pena de mim mesmo. Vou sair daqui em breve e espero que vocês tenham um ótimo dia.”
Um transplante de pulmão geralmente exige que o paciente permaneça no hospital por mais duas a três semanas durante a recuperação, enquanto os médicos monitoram a condição da pessoa para garantir que não haja infecção ou rejeição dos novos órgãos. Após a alta hospitalar, pacientes que passaram por um transplante duplo de pulmão geralmente conseguem retomar atividades normais do dia a dia aproximadamente três a seis meses depois.
Orlando Paraguaçu