Dana White sempre aposta em si mesmo.
Na segunda-feira, o CEO do UFC anunciou que sua crescente promoção de tapas, Power Slap, deixaria a plataforma de streaming Rumble para começar a transmitir eventos exclusivamente no YouTube. O acordo começou na sexta-feira, com o retorno de Paige VanZant à ação. O contrato é impulsionado por um patrocínio da VeChain, uma empresa de criptomoedas que supostamente pagará US$ 76 milhões nos próximos seis anos para ser a patrocinadora principal do Power Slap.
A Forbes reportou que esse valor é menos da metade do que o Power Slap ganhava anteriormente com o Rumble, que era de notáveis US$ 30 milhões por ano. O novo acordo com a VeChain é estruturado mais como um patrocínio tradicional, então a empresa está apenas pagando para ter seu nome associado ao Power Slap, mas não há outro acordo de transmissão em vigor para compensar a diferença com o YouTube.
Mas White não parece muito preocupado com a mudança nas fontes de receita do Power Slap, porque o chefe do UFC revelou que está atualmente em negociações com mais dois patrocinadores potenciais que elevariam o “acordo de direitos” total para US$ 35 milhões por ano, o que é obviamente um aumento.
Isso sem contar os pagamentos potenciais do YouTube pelas transmissões acumuladas na plataforma do Google, que possui mais de um bilhão de usuários ativos por mês.
White também acrescentou que três canais de TV a cabo lineares estavam interessados em fazer parceria com o Power Slap assim que os direitos de transmissão se tornassem disponíveis, mas ele acabou recusando porque isso exigiria que ele abrisse mão do controle dos direitos lineares e digitais da empresa, juntamente com quaisquer patrocínios obtidos.
Manter esse controle dá a White a capacidade de buscar patrocinadores adicionais para acompanhar a VeChain, ao mesmo tempo em que mantém todas as cartas na manga no que diz respeito ao Power Slap.
“Sabe em quem eu gosto de apostar? Em mim”, disse White à Forbes. “No Power Slap, nós possuímos tudo e controlamos tudo. Basicamente, estamos criando nosso próprio destino.”
White está apostando que o Power Slap continuará a criar momentos virais, o que ajudou o evento mais recente a obter 4,3 milhões de espectadores no Rumble.
Além do novo acordo que move o Power Slap para o YouTube, White também está expandindo, levando a promoção para a estrada para mais shows internacionais.
Recentemente, o Power Slap estreou na Arábia Saudita, com o país do Oriente Médio já comprometido com mais três eventos em 2025, mais dois em 2026, com uma taxa de local de US$ 15 milhões anexada a cada evento. White diz que tem acordos semelhantes em andamento em Abu Dhabi e no Catar, com planos de expansão para o Brasil e a África do Sul em um futuro próximo.
Isso sem contar a expansão adicional nos Estados Unidos com o diretor de negócios do UFC, Hunter Campbell, que também é um investidor minoritário no Power Slap, revelando que mais e mais estados estão sancionando as competições de tapas, com Missouri e Nova Jersey sendo os próximos dominós a cair.
White prometeu que continuará construindo o Power Slap até que ele atinja as mesmas alturas do UFC. Esses são objetivos compreensivelmente ambiciosos, especialmente porque o UFC embarca em seu próprio acordo de direitos de transmissão, com a empresa supostamente buscando mais de US$ 1 bilhão por ano de qualquer parceiro potencial.
Para chegar lá, White quer manter o máximo de controle possível sobre o Power Slap e a mudança para o YouTube mantém essa capacidade à medida que a empresa avança.
“Eu não gosto de ter que responder a ninguém”, disse White. “Nós construímos o negócio da maneira que achamos melhor. Nós fazemos o que quisermos.”
Orlando Paraguaçu