O lutador peso-galo brasileiro Douglas Silva de Andrade, veterano com 13 lutas no octógono do UFC, ficará afastado das competições até o segundo semestre deste ano.
A Combat Sports Anti-Doping (CSAD), agência responsável pelo programa antidoping do UFC, anunciou que Silva de Andrade aceitou uma suspensão de seis meses. A punição ocorreu após ele testar positivo para furosemida, um diurético listado como substância proibida para todos os atletas da organização. O teste que detectou a substância foi realizado em 14 de fevereiro, resultando na retirada de Douglas de sua luta programada para duas semanas depois contra John Castaneda.
Após o resultado adverso, Douglas Silva de Andrade informou à CSAD sobre um suplemento que estava usando antes da luta, apresentando o produto. O rótulo do suplemento não indicava a presença de furosemida entre os ingredientes ativos. O produto foi enviado para análise no Laboratório de Pesquisa e Medicina Esportiva em Salt Lake City, onde a furosemida foi de fato detectada “em um nível compatível com a presença encontrada na amostra” do lutador.
Para confirmar a contaminação, a CSAD enviou um segundo frasco lacrado do mesmo suplemento para o laboratório, e novamente a furosemida foi encontrada. Apesar da comprovação de que o suplemento estava contaminado e o uso não foi intencional, Douglas Silva de Andrade ainda foi penalizado.
“Embora não houvesse evidência de uso intencional de furosemida por Silva de Andrade, ele não seguiu as diretrizes da Política Antidoping do UFC, que orienta estritamente os atletas a consumir APENAS suplementos testados e certificados por programas de terceiros”, explicou um comunicado oficial da CSAD.
A suspensão de Douglas Silva de Andrade retroagiu a 28 de fevereiro. Ele estará elegível para retornar às competições a partir de 28 de agosto. Aos 39 anos, o brasileiro acumula um cartel de 7 vitórias e 6 derrotas no UFC. Sua última aparição foi em junho do ano passado, quando foi derrotado por decisão unânime por Miles Johns.
Tadeu Ribeirão