Islam Makhachev defendeu seu cinturão peso-leve do UFC pela última vez em janeiro, finalizando o substituto de última hora Renato Moicano em Los Angeles, e ainda não assinou para sua próxima defesa de título. Para Diego Lima, que treina e gerencia o desafiante da divisão até 155 libras, Charles Oliveira, Makhachev precisa defender o cinturão ou vagá-lo.
Atualmente, Makhachev espera pelo resultado da luta entre o campeão meio-médio — e seu amigo — Belal Muhammad no dia 10 de maio, quando ele defenderá seu cinturão contra Jack Della Maddalena no UFC 315. Caso Maddalena vença, Makhachev poderia subir para desafiar pelo título da categoria até 170 libras.
Questionado a analisar a situação do ponto de vista do UFC, e não como empresário de Oliveira, Lima ainda defendeu que faz sentido criar pelo menos um cinturão interino.
“Se Makhachev subir de categoria? Então ele perde o cinturão”, disse Lima. “É como [Ilia] Topuria. Acho que o UFC vai pedir para ele escolher. Se ele disser ‘Eu vou lutar’ [nos 77 kg/170 lbs], então eles terão que criar um interino. Não posso colocar uma divisão inteira em espera. Pessoalmente, acho absurdo segurar uma divisão inteira.”
“Quando um atleta sobe, ele tem que largar o cinturão ou criar um interino. Quando um lutador começa a demorar demais pensando no que vai fazer, então é hora de criar um interino. A divisão precisa se mover. Lutadores lutam muito para chegar ao cinturão, e quando chegam lá, querem sentar em cima dele. Não deveria ser assim, cara.”
O plano original de Oliveira, após vencer Michael Chandler em novembro, era servir como lutador reserva para a luta entre Makhachev e Arman Tsarukyan em 18 de janeiro, mas Lima disse que o UFC lhes informou que não haveria lutador reserva. Quando Tsarukyan desistiu poucas horas antes da pesagem, Moicano foi retirado do card para desafiar pelo título.
“Do Bronx” começou a fazer campanha por uma revanche contra Makhachev no final de junho, para liderar o card tradicional do UFC na International Fight Week em Las Vegas, ou desafiar Max Holloway pelo cinturão BMF. O próximo passo de Makhachev ainda não está decidido, mas Holloway, em vez disso, será o último adversário de MMA de Dustin Poirier no UFC 318 em 19 de julho.
O cenário do título fica ainda mais confuso com a adição de Ilia Topuria, que vagou o cinturão peso-pena para buscar a glória no peso-leve. Makhachev declarou publicamente que Topuria deveria conquistar uma chance vencendo alguém na categoria até 155 libras primeiro, e Oliveira expressou interesse em enfrentar Topuria se fosse por um cinturão interino.
“Eu não sou o empresário do Topuria, mas se fosse, não deixaria meu lutador vagar o cinturão e arriscar subir por nada”, disse Lima. “Eu subiria com um objetivo, com alguma negociação. Não sei se foi isso que Topuria fez. Tem muita coisa acontecendo que ainda não sabemos.”
“Quanto ao Makhachev, ele disse muitas vezes antes que quer subir de categoria”, continuou ele. “Entre Charles e Makhachev há um cinturão, e é isso que queremos ganhar. Mas primeiro temos que chegar ao cinturão, e há dois problemas aí. Primeiro, a luta do Belal. Não sabemos o que vai acontecer se Belal ganhar ou perder. E também tem o Topuria, e não sabemos a negociação que eles tiveram no momento em que ele largou o cinturão e subiu de divisão.”

