sex. maio 9th, 2025

Jessica Andrade avisa Jasmine Jasudavicius antes do UFC 315: “Precisa ser um caminhão para me derrubar”

LAS VEGAS, NEVADA - FEBRUARY 18: (R-L) Erin Blanchfield punches Jessica Andrade of Brazil in a flyweight fight during the UFC Fight Night event at UFC APEX on February 18, 2023 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images)

Jessica Andrade quer trazer uma vitória de volta para o Brasil ao enfrentar Jasmine Jasudavicius em 10 de maio. A lutadora brasileira está ciente dos desafios que a prospecto canadense apresenta no UFC 315.

Jasudavicius chega ao octógono com uma sequência de quatro vitórias, sendo três delas contra brasileiras: finalizou Ariane Silva e Priscila Cachoeira, e venceu Mayra Bueno Silva por decisão. Andrade, faixa preta de jiu-jitsu com oito de suas 26 vitórias no MMA por finalização, diz se sentir “preparada e tranquila” para essa tarefa.

“Não preciso cortar muito peso para competir nessa categoria, então estou mais feliz do que nunca”, disse Andrade. “E estou pronta para o jogo da Jasmine. Sei que ela está evoluindo na trocação, mas a arma mais forte dela é o chão. E precisa ser um caminhão para me derrubar [risos], então acho que será uma luta bem interessante.”

“Estou melhor rankeada do que [Jasudavicius] no 125, mas ela ainda é uma luta perigosa, uma adversária perigosa, que vem de vitórias contra três brasileiras”, continuou. “Todo mundo me diz: `Você precisa parar ela, ela é muito `marrenta` por vencer brasileiras`. Eu resolvo isso. Farei um bom trabalho e trarei a vitória para casa. E depois poderei pedir uma disputa de cinturão no 115. Tudo muda quando você tem uma vitória no cartel, especialmente depois de uma vitória em uma categoria de peso acima.”

Andrade venceu suas duas últimas lutas no peso-palha por nocaute sobre Mackenzie Dern e decisão dividida contra Marina Rodriguez, mas subiu para o peso-mosca e perdeu por decisão para a prospecto Natalia Silva logo depois. A ex-campeã do peso-palha do UFC permanecerá no 125 libras para o UFC 315, mas planeja retornar à categoria original no futuro.

“Meu objetivo era lutar no 115, mas não tem meninas para lutar lá”, disse Andrade. “Virna [Jandiroba] é alguém que não gostaria de lutar tão cedo. Gosto muito dela, somos amigas, e combinamos que só lutaremos se for pelo cinturão. E não tinha mais ninguém para lutar no 115. O pai da Amanda Ribas me disse que elas não lutariam comigo, então não tenho opções. A única opção era subir para o 125 novamente e pegar essa luta; caso contrário, ficaria parada por muito tempo. No momento, continuarei lutando nas duas, mas meu plano é ficar no 115.”

“Encontrei o pai da Amanda no UFC, e ele me disse que o UFC ofereceu a elas uma luta comigo, e elas recusaram, só se fosse pelo cinturão ou algo como uma eliminatória de título. Fora isso, ele disse que não lutariam comigo. Gosto delas também. Está ficando difícil [conseguir lutas] no 115, a divisão não se move, e já lutei contra quase todas as meninas. Acho que só há umas três ou quatro que ainda não enfrentei antes.”

A escolha número 1 de Andrade seria uma oportunidade de enfrentar uma lutadora top do peso-palha após o UFC 315. Voltar à categoria com uma vitória sobre um talento do peso-mosca em território estrangeiro poderia fazer maravilhas por suas aspirações ao título. O cenário ideal para “Bate-Estaca” seria ter um recorde de 4-0 em 2025, com uma vitória de cinturão em dezembro.

“Pensei até que me dariam a Alexa [Grasso] agora, mas ela já tem luta marcada [vs. Natalia Silva no UFC 315], então vou esperar”, disse Andrade. “Depende do que acontecer na minha luta agora. Espero não deixar ir para a decisão, acabar isso antes do terceiro round, e poder desafiar alguém. Quero vencer essa luta e pedir uma chance pelo cinturão — ou alguém perto disso.”

By Ítalo Montero

Ítalo Montero - jornalista experiente de Fortaleza, especializado em cobertura de MMA e Jiu-jitsu Brasileiro. Em 12 anos de carreira, realizou centenas de entrevistas com lutadores do UFC e Bellator.

Related Post