Kayla Harrison ainda não atingiu oficialmente o peso de 135 libras (aproximadamente 61,2 kg) na balança do UFC, o que ela terá que fazer para estar elegível para disputar o título peso galo feminino neste sábado.
A antiga estrela da PFL luta por um título do UFC pela primeira vez ao desafiar Julianna Pena no co-evento principal do UFC 316. O evento acontece no Prudential Center, em Newark, Nova Jersey.
Harrison conseguiu afastar as preocupações sobre a mudança para o peso galo após assinar com o UFC, atingindo o peso em suas duas aparições no octógono — vitórias sobre Holly Holm e Ketlen Vieira. No entanto, ela fez isso pesando com a libra extra permitida para lutas sem título. Agora que ela precisa cortar essa libra extra, muitos acreditam que essa libra adicional pode não ser apenas um desafio antes de subir na balança na sexta-feira, mas também pode afetá-la na luta.
“Acho que é exagerado”, disse Harrison. “Tenho sido muito disciplinada e tenho uma excelente equipe ao meu redor, e fazemos verificações de gordura corporal, calorias e água, há uma ciência nisso. E estou no caminho certo, e confio em Deus e confio no processo, e todos vamos ver [na sexta-feira].”
Harrison passou a maior parte de sua carreira lutando no peso leve, onde conquistou os títulos da temporada da PFL em 2019 e 2021. Apenas duas de suas lutas pré-UFC aconteceram fora do peso leve — uma luta no peso pena no Invicta FC 43 e uma luta em peso casado de 150 libras em sua luta final na PFL contra Aspen Ladd.
Apesar do enorme sucesso na PFL, Harrison sempre quis competir por um título do UFC. Com a organização dissolvendo a divisão feminina de peso pena, a bicampeã olímpica não teve escolha a não ser mudar seu estilo de vida para fazer isso funcionar. Harrison acredita que os sacrifícios que ela está fazendo agora criarão um legado duradouro nos esportes de combate.
“Não acredito em corte de peso, não acredito que esta seja a melhor decisão para mim, mas acredito que o sacrifício vale a recompensa”, explicou Harrison. “Não é algo que eu sempre quis fazer, não há rodeios nisso. Não é divertido, não é agradável, não é prazeroso, mas tenho uma motivação interna e um objetivo, e quero ver o quão alto posso subir, e sinto que faz parte da minha jornada,”
“Antes de assinar com o UFC, eu pensava, para onde eu ia? O que eu ia fazer? Eu estava assustada. Eu nunca tinha feito o peso antes, e pedi a Deus para me ajudar a crescer, e ele colocou um grande desafio na minha frente. Sempre fui uma atleta disciplinada, mas nunca fui super disciplinada com o que como. Não é segredo. Ganhei as Olimpíadas comendo Pizza Rolls e Diet Coke e Oreos.”
“Saí de casa muito nova. Quer dizer, eu tinha 15 anos quando me mudei para Boston, e estava morando em uma casa de judô, e a nutrição não era tão importante, eu diria, naquela época quanto é agora. Então, esta é uma oportunidade para eu crescer e ser ainda mais disciplinada e ser refinada no fogo.”