Recém-sagrada campeã com uma finalização dominante no segundo round sobre Julianna Peña no UFC 316, Kayla Harrison já está de olho em um possível confronto com sua ex-companheira de treino, Amanda Nunes.
Logo após garantir o cinturão, Harrison convidou Nunes para entrar no cage para um abraço e um encarada, sinalizando o que está sendo considerado potencialmente a maior luta da história do MMA feminino. Embora o momento da luta seja incerto devido à volta de Nunes da aposentadoria e a necessidade de seis meses de testes antidoping sob o programa do UFC, Harrison permanece paciente, reconhecendo a importância desse confronto.
Harrison enfatizou que, apesar da narrativa que está surgindo sobre elas terem sido companheiras de equipe na American Top Team, não há animosidade pessoal de sua parte. No entanto, Nunes revelou recentemente que deixou a academia precisamente para evitar conflitos com Harrison.
Respondendo aos comentários de Nunes, Harrison inicialmente especulou que Nunes saiu devido à sua derrota para Peña, mas reconheceu que a declaração de Nunes implica um motivo diferente. Harrison relembrou que estava nas arquibancadas quando Peña derrotou Nunes e acredita que Nunes pode ter interpretado mal suas intenções, talvez pensando que Harrison a desafiaria imediatamente no cage. Harrison esclarece que não foi o caso, pois ela ainda estava na PFL e não tinha acordo para ingressar no UFC naquele momento. Ela afirmou que não tem certeza por que Nunes saiu, mas mantém que sua própria conduta tem sido adequada.
Nunes treinou na American Top Team por um período significativo, mas saiu após sua derrota para Peña em 2021, subsequentemente abrindo sua própria instalação de treino.
De maneira semelhante, Nunes afirmou que não guarda ressentimentos em relação a Harrison, explicando que sua saída foi motivada pela antecipação de uma futura luta entre elas, o que criaria um grande conflito dentro da academia.
Embora Harrison não consiga entender completamente as escolhas de carreira de Nunes, a bicampeã olímpica está confiante nos relacionamentos positivos que construiu com seus companheiros de equipe ao longo dos anos. Ela afirmou seu compromisso em ser uma boa companheira de equipe, observando que antes de Nunes sair, muitos na ATT a incentivavam a ficar e não ir para o UFC. Harrison acrescentou que está em paz com o que quer que Nunes acredite, segura em sua própria identidade e ações.
Harrison mencionou que elas não treinaram juntas extensivamente mesmo quando estavam na mesma academia, então a luta potencial entre elas não é como um confronto entre amigas próximas. No entanto, ela teria sido receptiva a treinar com Nunes, destacando como muitos de seus atuais companheiros de equipe praticam e treinam juntos regularmente, apesar de competirem nas mesmas categorias de peso ou promoções como UFC e PFL.
Ela reiterou que não eram parceiras de treino principais e estavam em promoções e categorias de peso diferentes. Harrison afirmou que sempre se colocou à disposição para sparring ou treino, se necessário. Ela contrastou a situação delas com a de outros lutadores na ATT que treinam juntos ativamente em diferentes divisões e promoções para melhorar, expressando o desejo por esse tipo de progresso coletivo (“level up”). Ela concluiu que o treinamento limitado delas foi uma escolha de Nunes, e ela aceita isso.
Idealmente, Harrison vê uma luta contra Nunes como um confronto direto entre duas das melhores atletas do mundo, uma narrativa suficiente para promover o combate. No entanto, ela reconhece que as tensões podem aumentar nos esportes de combate, especialmente quando ex-companheiros de equipe se enfrentam. Ela testemunhou em primeira mão como rivalidades assim, como a entre Colby Covington e Jorge Masvidal após a saída de Covington da ATT, podem prejudicar severamente os relacionamentos na academia e escalar para além do cage.
Harrison expressou sua forte preferência em evitar um cenário tão negativo com Nunes. Ela espera que a luta potencial entre elas possa ocorrer com respeito mútuo, como um verdadeiro combate de artes marciais, tirando o melhor de ambas. Enfatizando sua lealdade à American Top Team, ela acrescentou que defenderia seus companheiros (“homies”) e não tem medo de se manifestar se necessário, mas espera um encontro respeitoso com Nunes.