Mairon Santos teve o braço levantado após 15 minutos de confronto com Francis Marshall em março, no UFC 313, e deixou o cage sentindo-se um vencedor. Ao rever a luta, no entanto, ele concluiu que seu oponente havia feito o suficiente para garantir a vitória.
Lutando na categoria peso-leve neste sábado devido a um curto período de preparação, o campeão peso-pena do *The Ultimate Fighter 32* enfrentará Sodiq Yusuff em busca de um triunfo mais convincente no UFC Vegas 106.
Eu usei aquela [luta] como evolução. Eu vi os erros e tudo que fiz de errado, coisas que poderia ter feito certo. Vamos seguir em frente e encarar isso como uma lição. No início, fiquei remoendo muito porque sabemos do nosso potencial e nos frustramos mais com isso do que com o fato de alguém ter sido melhor que você.
E eu senti que [a performance abaixo] foi minha culpa, foram erros que cometi. Não tiro o mérito do cara, ele lutou bem, mas senti que havia muitas coisas que eu poderia ter feito melhor. Vejo essa luta como uma lição. Uma boa lição, porque eu venci. Fiz os ajustes para não cometer o mesmo erro novamente, para que desta vez eu possa sair com uma vitória convincente.
Santos revelou que seu maior problema antes da luta contra Marshall foi o excesso de confiança em seus golpes. Ele havia nocauteado Kaan Ofli aos 90 segundos do segundo round para conquistar a coroa do *TUF 32* sete meses antes, e pensou que bastava um soco para superar Marshall.
Foi uma lição que aprendi, e para esta luta farei coisas novas que certamente serão boas para mim. Fiquei feliz quando vi que lutaria contra [Yusuff]. Lutadores sempre querem os maiores desafios, independentemente da categoria de peso. Fiquei feliz quando me deram esse nome porque também vi que o UFC está me dando uma boa oportunidade, apesar de a minha última luta não ter sido a melhor. Sei do meu potencial, e o UFC também vê isso.
Yusuff, também estreando no peso-leve do UFC, entra no octógono pela décima vez, retornando à ação pouco mais de um ano após uma rápida derrota por nocaute. Ele enfrenta pressão após reveses consecutivos para os brasileiros Diego Lopes e Edson Barboza.
Tem tudo para ser uma ótima luta para mim. Sempre esperamos o nocaute, então cumprirei minha palavra. Vou nocautear ele no segundo round. Não respeitei meu último oponente, e para esta luta quero respeitá-lo, mas não respeitá-lo ao mesmo tempo, se é que você me entende. Minha mão vai acertar uma hora. Ele avança e se expõe muito. Acredito que isso me favorece. Minha esperança é que consigamos o nocaute nesta luta — e finalmente um bônus [risos].