Mateusz Gamrot sabe que tem um desafio duro pela frente neste fim de semana, mas adoraria um dia dividir o octógono com Paddy Pimblett.
Gamrot enfrenta Ludovit Klein no co-evento principal do UFC Vegas 107 deste sábado. O ex-campeão do KSW busca se recuperar de uma derrota por decisão dividida para Dan Hooker no Fight of the Night do UFC 305 em julho passado.
Desde a luta mais recente de Gamrot, muita coisa mudou na divisão dos leves – Islam Makhachev deixou o cinturão dos leves para subir para os meio-médios, Ilia Topuria se prepara para enfrentar Charles Oliveira no UFC 317 pelo cinturão vago, e a ascensão de Pimblett após uma vitória dominante por paralisação sobre Michael Chandler no UFC 314.
“A divisão dos leves é a divisão mais perigosa e a melhor”, disse Gamrot. “Todo mês as coisas se movem, e Islam, não me surpreende que ele subiu. Ele venceu todo mundo na divisão dos leves, então ele quer buscar o segundo cinturão.”
“Mas Paddy Pimblett, eu não gosto desse cara. Ele fala demais e teve um caminho muito fácil para chegar a esse lugar onde ele é uma estrela. Todo mundo pensa que ele merece lutar pelo título, mas no fim das contas, essa é uma decisão do UFC e o UFC é quem escolhe.”
“Para ser honesto, no momento, o foco é nesta luta [com Klein] e eu quero conseguir a vitória, ter um desempenho muito bom, e este ano eu quero me manter ativo. Quero ter a próxima luta e então, se [meus planos derem certo], o próximo ano será enorme para mim.”
Pimblett paralisou Chandler no terceiro round com ground and pound brutal no pay-per-view do UFC em abril. Embora a performance de “The Baddy” tenha impressionado muitos, Gamrot não se surpreendeu que a luta tenha sido daquela forma, principalmente por causa do adversário.
“Foi um bom desempenho, mas você sempre tem um bom desempenho quando o [lutador] à sua frente está recuando, o cara que não está fazendo nada”, disse Gamrot. “O melhor Chandler foi há cinco, sete anos. Mas agora, o cara foi muito fácil para ele. Acho que Chandler está fácil para todo mundo agora na divisão dos leves. Então, não estou surpreso que ele tenha parecido assim.”
“Mas ainda acho que ele é uma luta fácil, Paddy Pimblett. Se ele pegar alguns adversários de alto nível, ele terá problemas na luta.”
A derrota de Gamrot para Hooker encerrou uma sequência de três vitórias, e ele entra no octógono no sábado com um cartel de 7-2 em suas últimas nove lutas. Gamrot enfrenta Klein, que discretamente construiu uma sequência invicta de sete lutas.
Para Gamrot, ele espera ter uma campanha enorme em 2025, e isso começa com uma vitória sobre Klein. Eventualmente, ele gostaria de chegar a uma luta com Pimblett para mostrar aos fãs que a estrela em ascensão talvez não seja tão boa quanto pensam.
“Acho que [eu seria um pesadelo para ele]”, disse Gamrot. “Adoraria encontrá-lo no octógono, e no futuro acho que isso vai acontecer. Ele [adora] trocar golpes agora, mas ele é um grappler, um ótimo duelo estilístico para mim. Quando eu o encontrar, será uma grande luta, mas acho que eu o finalizo no chão, com certeza, porque ele comete muitos erros no chão, e eu vejo isso, e tenho as ferramentas para conseguir a vitória.”
“Porque meus adversários anteriores eram sempre strikers, sabe, para meus adversários anteriores, o chão era fogo e eu podia mostrar o meu melhor no chão. Mas se eu pegar alguém que [goste do] jogo de chão e for fazer scrambleds comigo, aí sim, irmão, sou realmente perigoso lá.”