Natalia Silva acumulou 12 vitórias consecutivas desde 2018, metade delas sob os holofotes do UFC. Ela sente que uma chance pelo cinturão pode ser o próximo passo caso vença a ex-campeã peso-mosca Alexa Grasso em 10 de maio, em Montreal, Canadá.
Silva é considerada uma das promessas mais quentes do plantel do UFC, tendo superado nomes como Jessica Andrade e Jasmine Jasudavicius dentro do octógono. Ela acredita que um triunfo contra Grasso pode abrir caminho para enfrentar a vencedora da luta co-principal do UFC 315 entre a campeã Valentina Shevchenko e Manon Fiorot.
A brasileira vê Fiorot como o desafio “mais difícil” para Shevchenko na divisão, mas ainda assim aposta na vantagem de “Bullet” no UFC 315. Ela vislumbra um cenário onde pode ser a próxima desafiante após sua própria luta.
“Pode acontecer”, disse Silva sobre a possibilidade do título. “Mas não é algo em que estou pensando neste momento, porque meu foco deve estar na Alexa. Como vou pensar no que vem depois se nem lutei com a Alexa ainda, sabe? Um passo de cada vez. Depois que eu fizer a luta com a Alexa e vencer – em nome de Jesus, amém – , pensaremos em outra coisa. Mas o foco não é esse agora. Alexa Grasso é o foco. Esse é o desafio que tenho que vencer agora.”
Silva assinou um novo contrato com o UFC após vencer a ex-campeã peso-palha (115 libras) Jessica Andrade em sua luta mais recente, em setembro. Esse combate, realizado em Las Vegas, rendeu a ambas o prêmio de US$ 50.000 de “Luta da Noite”. Silva disse estar “muito feliz” com o novo acordo, que a deixa um passo mais perto de seu objetivo final.
“Penso nisso desde que entrei no UFC”, disse Silva sobre o cinturão. “Sempre disse que estou aqui no UFC para ser campeã e não é diferente agora. Continuo com esse foco, com esse objetivo de me tornar campeã. Me sinto pronta para isso, mas agora tenho que subir esse degrau para ficar mais perto desse sonho. Sempre me senti pronta, mas é um passo de cada vez [risos].”
Lutar no Centre Bell, em Montreal, ao invés do UFC APEX, significa um público maior e a necessidade de se adaptar do octógono menor para o maior. Silva acredita que isso beneficia seu estilo de luta. Além disso, assistir Grasso passar quase 70 minutos no cage com Shevchenko em 18 meses lhe deu muitas ideias.
“É muito material para estudar, vimos o que ela faz de melhor e o que ela não faz tão bem, e vamos trabalhar nisso”, disse Silva. “Quando uma lutadora chega a um nível tão alto, com tantas lutadoras boas e experientes, a vencedora será aquela que cometer menos erros e capitalizar nas oportunidades. Esse é o objetivo. Quando ela cometer um erro, vou tirar proveito disso – e tentar cometer menos erros. Acho que esse é o caminho para a vitória.”
Tadeu Ribeirão