qua. abr 16th, 2025

Tyron Woodley: Música ‘I’ll Beat Yo Ass’ Era Para Dana White

Tyron Woodley revelou que fez críticas públicas a Dana White sem que seu chefe sequer percebesse.

Em setembro de 2018, Woodley vinha de uma defesa de título dominante no peso-meio-médio contra Darren Till no UFC 228. “The Chosen One” acumulava quatro defesas bem-sucedidas em meio a uma relação tensa com White (então presidente, agora CEO), que foi agravada por comentários que White fez após outra luta de campeonato de Woodley.

Após a vitória de Woodley sobre Demian Maia no UFC 214, White criticou a falta de ação, culpando Woodley por não finalizar a luta. Isso levou Woodley a incluir uma mensagem especial para White em seu single de rap de estreia, I’ll Beat Yo Ass, que foi lançado logo após sua luta com Till.

“Foi por isso que eu fiz aquela música I’ll Beat Yo Ass”, disse Woodley no podcast Verse Us. “Se você ouvir a letra, era para Dana White. Eu não podia dizer que queria dar uma surra em Dana White, mas eu queria muito porque ele me fez parecer estúpido. Por que você vai sentar aqui e agir como se, todo mundo, [Michael] Bisping e [Kenny] Florian estivessem rindo, e eu tipo, ‘Ha ha ha, eu vou dar uma surra em vocês dois.’—não no Florian, ele é meu brother—mas sim, você me fez parecer estúpido e então quando eu entrei no ar, eu não podia me defender. Então alguém disse que desligaram meu microfone. No meu ouvido, ‘Você não pode responder. Você não pode dizer nada. Você não pode falar sobre isso.’”

Woodley reinou como campeão peso-meio-médio do UFC de 2016 a 2019. Durante seu tempo no topo, ele raramente escondeu seu descontentamento com a forma como a organização o promovia e seu desejo de lutar com lutadores mais velhos e conhecidos como Georges St-Pierre e Nick Diaz, independentemente de seu status de aposentadoria.

Da perspectiva de Woodley, ele aproveitou ao máximo a influência que tinha, e o UFC não apreciou suas táticas de negociação.

“Eu sinto que eles pensavam tipo, ‘Esse filho da p*ta se acha esperto demais’”, disse Woodley. “Era meio que o que eu sempre senti. Mas eu não vou me fazer de burro para ninguém. Eu sei os números de todo mundo. Quando você é um lutador, e você sabe os números de todo mundo, eu vou para a mesa de negociação diferente. Se eu sei que alguém está negociando um novo acordo a cada luta, não importa se eles estão em um contrato de 10 lutas ou não, se eu sou o campeão, agora é minha hora de fazer isso. Eu estava na mesma equipe de gerenciamento com um atleta que estava fazendo isso.

“Então, quando eu lutei contra Robbie [Lawler], você tem que reconhecer que Robbie era da American Top Team, ele era gerenciado por Dan Lambert. Então, muito da negociação para lutar comigo eu sei sobre. Eu sei que você conseguiu $250.000 extras para lutar comigo.”

Woodley derrotou Lawler no UFC 201 por nocaute no primeiro round para se tornar campeão peso-meio-médio. Ele passou a defender seu título contra Till, Maia e Stephen Thompson (duas vezes, devido ao primeiro confronto terminar em empate majoritário).

Nada disso fazia parte do plano do UFC, de acordo com Woodley. Ele afirma que os executivos estavam procurando marcar Lawler contra St-Pierre ou Conor McGregor se ele derrotasse Woodley no UFC 201. Woodley atrapalhou esses planos e mais tarde se sentiu desapontado por não ter recebido as mesmas oportunidades oferecidas a Lawler.

“A fissura começou antes disso, mas a grande fissura da disputa de poder é que eu sei o que foi oferecido a ele”, disse Woodley. “Se este é o torneio da NCAA, e ele é o primeiro cabeça de chave e eu venço o primeiro cabeça de chave, agora eu sou o primeiro cabeça de chave. Então eu quero tudo o que ele estava prestes a receber. Eu quero tudo que você falou. Eu quero cada pequena vantagem. Eu quero cada extra por baixo da mesa, e eu fui implacável nisso.”

By Ítalo Montero

Ítalo Montero - jornalista experiente de Fortaleza, especializado em cobertura de MMA e Jiu-jitsu Brasileiro. Em 12 anos de carreira, realizou centenas de entrevistas com lutadores do UFC e Bellator.

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