Alexander Volkanovski, o aclamado campeão do MMA, recentemente compartilhou suas reflexões sobre o primeiro e memorável embate contra Islam Makhachev. O australiano comparou a intensidade e a estratégia daquela luta a uma complexa e desafiadora partida de xadrez no octógono, onde cada movimento era calculado.
O “Grande” Volkanovski revelou um detalhe surpreendente sobre sua experiência no combate: mesmo sob a imensa pressão, ele estava desfrutando do momento. “Você podia ver o sorriso no meu rosto durante a luta — eu estava gostando”, afirmou Volkanovski. Ele explicou que, ao contrário da reação instintiva de pânico que muitos teriam em situações tão difíceis, ele conseguia antecipar as intenções e os próximos passos de seu adversário.
Apesar de sua capacidade de leitura do jogo, Volkanovski não hesitou em dar o devido crédito à habilidade de Makhachev. “Tenho que dar crédito ao Islam — aquele cara ainda me colocou em uma posição difícil…”, admitiu o campeão. Ele descreveu a necessidade constante de adaptação durante a luta: “Às vezes, parecia que eu o havia parado, e ele mal percebia. Foi então que mudei minha estratégia e continuei me movendo. Foi como uma partida de xadrez de alto nível.”
A analogia de Volkanovski com o xadrez ressalta a profundidade tática daquele confronto, sublinhando como cada movimento, contra-movimento e ajuste estratégico foram essenciais para o desenrolar da luta. Sua declaração reforça a visão de que o MMA de alto nível é tanto uma batalha física quanto uma disputa mental e estratégica, onde a inteligência tática e a capacidade de adaptação em tempo real são tão cruciais quanto a força e a técnica bruta, especialmente contra um adversário de elite como Islam Makhachev.
Orlando Paraguaçu