Destacamos Manoel dos Reis Machado
Também conhecido como Mestre Bimba (1899, Salvador — 1974, Goiânia), começou a jogar capoeira aos 12 anos, ainda que, à época, esta luta marcial fosse interdita e os seus praticantes perseguidos.
Trabalhador numa mina de carvão, carpinteiro, funcionário de armazém, estivador e condutor de charretes, aos 18 anos, começou a sentir que a capoeira já não era um instrumento de luta e resistência, mas uma manifestação folclórica com um reduzido número de golpes.
Dedicou-se, então, a recuperar movimentos antigos e adicionou-lhes outros de uma segunda luta africana: o batuque.
Ao mesmo tempo, desenvolvia o seu próprio repertório. Nascia, aos poucos, um estilo designado por “luta regional bahiana”, mais tarde batizado como “capoeira regional”. A capoeira continuava proibida até que, em 1937, o Mestre Bimba.
Sequência de Bimba método de ensino para treino
Apresentou perante o presidente Getúlio Vargas, que acabou por permitir a prática da “única luta verdadeiramente nacional”. Mas, se Bimba é o nome maior da capoeira regional.
Baixe a Sequência de Bimba PDF
Destacamos Vicente Ferreira Pastinha, ou o Mestre Pastinha
Grande referência da capoeira Angola, iniciou a prática aos 8 anos, diz a lenda que para defender-se de outra criança maior e mais forte que o agredia. Décadas mais tarde, em 1941, foi a uma roda de capoeira onde só lutavam mestres e foi convidado para aprender Angola.
No ano seguinte, fundou a primeira escola de capoeira Angola na Bahia.
No final da sua vida, Pastinha e a academia passaram tempos difíceis.
Velho, doente e quase cego, foi instado pelo governador do estado a esvaziar o edifício para que fosse renovado, mas o imóvel nunca lhe foi devolvido, e Pastinha morreu pouco depois.
Esses grandes Mestres deixaram esse grande legado que hoje é fonte de inspiração para os capoeiristas e as gerações futuras dos praticantes dessa arte marcial brasileira.