Arte de talhar madeira e fazer nascer o berimbau
As mãos do artesão transformam o material bruto num instrumento magnífico cuja história vem de longe. Instrumento que a todos encanta com o seu toque e a sua harmonia, o berimbau é a alma da roda de capoeira e, consoante o lugar, pode ser também chamado de hungo, urucungo ou oricungo.
Reverenciado por todos os capoeiristas, alguns dos quais chegando mesmo a considerá-lo sagrado, tem o condão de fazer qualquer pessoa parar para apreciar o seu encanto.
O berimbau tem os seus segredos, passados de mestre para aluno ou em jeito de herança familiar.
A madeira tem de ser flexível e, ao mesmo tempo, resistente. O tamanho da cabaça dá o tom. Entre o gunga, que é maior e debita um som mais grave, e o viola, mais pequeno e mais agudo, posiciona-se o médio.
Todos juntos, acrescentam cores à paleta de sons na roda da capoeira e inspiram os praticantes a desenvolverem movimentos que, muitas vezes, vêm de dentro da alma.